segunda-feira, 14 de maio de 2012


Tablet é transformado em teclado braile por pesquisadores americanos


Um time de pesquisadores americanos desenvolveu uma forma de pessoas com deficiência visual usarem a tela de um tablet como um teclado braile.
Os pesquisadores utilizaram um design inovador no teclado para superar a falta de elementos táteis que normalmente seriam necessários para um teclado braile.
Teclado inteligente
“Em vez de termos dedos que encontram os botões, nós construímos botões que encontram os dedos”, disse Sohan Dharmaraja, um dos pesquisadores de Stanford envolvido no projeto.
Os usuários posicionam oito dedos na tela e o teclado aparece. Chacoalhar o aparelho ativa o menu, e as outras interações são ativadas com gestos normais de toque.
Dharmaraja, juntamente com seus colegas Adam Duran – um estudante de graduação da New Mexico University – e o professor assistente Adrian Lew, teve a ideia durante um concurso de cientistas no estilo X-factor. A competição, organizada todo ano pela Stanford University, desafia estudantes a criarem algumas ideias inovadoras para o futuro da computação durante suas férias de verão.
Na demonstração, Duran digitou uma complicada fórmula matemática e a equação química da fotossíntese. Mas o aplicativo também oferece uma solução para problemas mais básicos…
“Imagine ser cego em uma sala de aula. Como você faria anotações? E se você estivesse na rua e precisasse escrever um número de telefone? Esses são desafios reais que com que deficientes visuais têm que lidar todos os dias”, diz o professor Lew.
Há alguns benefícios óbvios de usar touchscreen em vez dos tradicionais métodos em braile.
“Os aparelhos atuais para esse fim são grandes e custam de US$3.000 a US$6.000. Tablets estão disponíveis por uma fração desse valor e podem fazer muito mais”, afirmou Dharmaraja.
Desenvolvimento promissor
Como parte do projeto, os estudantes tiveram de aprender braile. O sistema, originalmente desenvolvido para militares franceses, é constituído por seis pontos organizados em vários padrões diferentes. Eles são lidos pelas pessoas com as pontas dos dedos.
Mas o sistema também pode ser recontextualizado – e foi – em tempos modernos, quando touchscreens são inevitáveis.
“Quem sabe o que conseguiremos graças a esse dispositivo? É uma porta que não estava aberta antes”, comenta Dharmaraja.

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